quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Elogio ao passado

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errónea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

Pois, por muito satisfeitos que estejamos com o nosso presente, há momentos de muita nostalgia em relação ao passado, às pessoas, aos lugares e aos instantes que o marcaram.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O local dos encontros inesperados

Sabem em que local podemos encontrar, fortuitamente, pessoas conhecidas, mas que não vemos há bastante tempo?
Sabem onde é possível ter conhecimento de quem, como nós, rumou do Norte para Lisboa?
Sabem onde começar a falar com pessoas que «lá em cima» conhecíamos, mas não falávamos?
Sabem, em suma, qual é o local onde, com mais probabilidade e por acaso, encontramos os nossos conterrâneos, pessoas das quais já nem nos lembrávamos e que, nem por sonhos, nos ocorreria que também para cá viriam?
Não é um enigma... Todas nós, todos os dias, rumamos a esse local...
Ok.. Não vou fazer mais suspense - é o Metro de Lisboa!
Quando isto acontece, e já não é nem a primeira, nem a segunda e nem a terceira vez, só me fica um pensamento intrigante: com tanta carruagem, com tantos metros a passar de poucos em poucos minutos, não é muita coincidência entrarmos no mesmo metro, na mesma carruagem e sentarmo-nos exactamente ao lado dessas pessoas?
Depois, com o ar mais alheado da realidade (pelo menos eu, quando ando só no metro, não tenho por hábito reparar nas pessoas, pois estou sempre longe, a viajar com os meus pensamentos), olhamos para aquela pessoa; desviamos o olhar; vem-nos um flash à memória; voltamos a olhar; reparamos que a pessoa também nos olha e fica aquele ambiente ligeiramente constrangedor. Será mesmo aquela pessoa que eu conheço? Não passarei por «maluquinha» ao meter conversa?
Nestes instantes de hesitação, eis que (hoje foi assim) a pessoa me pergunta: «És de Braga?» Enfim, conversa desbloqueada e toca a falar como se não houvesse amanhã, antes que se esgotem os escassos minutos que restam até à nossa estação de saída. Tenta-se marcar próximos encontros (estes já não serão inesperados), pois, afinal, é sempre com grande entusiasmo e felicidade que recebemos mais «um dos nossos» aqui, a quase 400 km do local que nos tornou conhecidos.
Acasos com sentido, rota do destino, mensagens do oculto... Chamem-lhe o que quiserem. Eu não sei explicar a causa destes encontros inesperados, mas não me contento com a teoria do mero acaso e ponto final. Não são, e não podem ser, simples encontros do acaso, sem qualquer significado.
Quanto mais vivo, mais me apercebo de como a vida nos interpela com estas situações inesperadas, mas com sentido... Só queria saber qual... Talvez o futuro me venha ainda explicar por que razão pessoas e situações, que pertenceram ao meu passado, voltam a aparecer no presente.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Este ano não vai haver presépio!


Lamentamos mas:

  1. Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta foi retirada do estábulo até decisão governamental;
  2. Os camelos estão no governo;
  3. Os cordeirinhos estão tão magros e tão feios que não podem ser exibidos;
  4. A vaca está louca e não se segura nas patas;
  5. O burro está na Escola Básica a dar aulas de substituição;
  6. Nossa Senhora e São José foram chamados à Escola Básica para avaliar o burro;
  7. A estrelinha de Belém perdeu o brilho porque o Menino Jesus não tem tempo para olhar para ela;
  8. O Menino Jesus está no Politeama em actividades de enriquecimento curricular e o tribunal de Coimbra ordenou a sua entrega imediata ao pai biológico;
  9. A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e, sobretudo, até serem corrigidas as péssimas condições higiénicas do estábulo, de acordo com as normas da UE.

    Votos de um Feliz Natal!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Desabafo de mais um dia que finda

Há pessoas que, por muito que não queiramos, nos obrigam a ser cruéis!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Sugestão

Uma sugestão para uma prenda especial:

http://www.agencia.ecclesia.pt/instituicao/pub/51/psolidarios07/seccao_presentes.asp


Já parece Natal, não acham? A cidade está linda, toda iluminada!
E, por último, não se esqueçam no nosso jantar, dia 20 de Dezembro, quinta-feira, às 21h. Onde? Na nossa casa. :)

(I)legalidade

Olá a todas!
Este é um momento solene. Façam silêncio e preparem-se para o que vou dizer.
Tatatatan.... Tatatatan....

Terminou hoje a minha pós-graduação em criminalidade ligeira. Sim, fartei-me de me autoassustar com fatos bordeaux. Agora já não tenho de sair rapidamente do eléctrico, assim como quem não quer a coisa e demorar horas a chegar ao emprego. O que me tem valido é o meu ar muito honesto e de menina de coro. De muito me tem sido útil a experiência de 9 anos no Grupo de Jovens (mestrado concluído, diga-se)!
Pois bem, hoje tenho o meu passe novo. Espero que se aguente por algum tempo nos bolsos dos casacos, senão terei mesmo de concluir o meu mestrado... :(
A partir de agora voltei a ser uma mulher extremamente séria, sem nada a apontar. Já posso fazer as viagens sentada, de olhos baixos a ler o jornal ou simplesmente a pensar na vida que passa todos os dias e não volta.
Caríssimas, estou orgulhosa de mim! :)
Após um mês, abri os cordões à bolsa e comprei o passe. Será por ser Natal? Ou porque nem mesmo na época natalícia as multas por estes incumprimentos têm direito a amnistía?...

A verdade é que, como sempre vos disse, o meu plano foi e sempre será perfeito! E a prova disso é que cá estou, sem ser preciso levarem croquetes, rissóis e bolinhos de bacalhau a uma qualquer prisão mal cheirosa e, sem dúvida, mal frequentada.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007


talvez um pouco de nós morra todos os dias

talvez um pouco de nós renasça mais resistente de vez em quando



há um défice de nós entre o que somos de morte e de vida

há um défice de nós entre o que rimos ou choramos



mas, a cada dia, há a liberdade de morrermos ou de nos superarmos

e há voos que nunca se querem aprisionados

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Jantar de Natal

Olá a todas!

Pelo segundo ano consecutivo, vamos fazer o Jantar de Natal do 11.º Lumiar.
Assim, sugiro o dia 20 de Dezembro, quinta-feira, às 21h. Qual a vossa disponibilidade? (Eu só posso mesmo para este dia ou então 17, segunda-feira, pelos motivos de todas sabem.)
Gostava ainda de fazer a "amiga-secreta". Podemos fazer o sorteio esta semana e estabelecer como preço 3 euros.
Em relação à ementa, aposto nos famosos "canelones" da Alkalina, como entrada a pasta de atum com tostinhas, vinho branco (as marcas do costume) e bolo-rei para sobremesa. No final, dividimos por todas, que a vida não está fácil ;)

Estão abertas as inscrições aos membros do 11.º Lumiar.

Um beijinho e Boas Festas

Incerteza

É inquietante e chega carregar-nos de angústia este estado de nunca saber o que nos reserva o futuro. Sabemos que lutamos por objectivos, por causas, para alcançar o nosso bem-estar e o das pessoas que mais gostamos, mas sem nunca ter a certeza de que os resultados serão os que aspiramos. Custa e há dias em que chega a doer a ausência de garantias para as nossas decisões.
Mas há que reverter tudo o que parece negativo em algo positivo! Neste caso, dou por mim a pensar no quanto seria aborrecida a minha vida se tivesse a certeza de tudo, se nada no futuro me viesse surpreender, se não valesse a pena lutar por tudo me ser facilitado...
Só posso concluir que sou mais feliz rodeada de tanta incerteza, pois é ela que todos os dias me instiga a escolher caminhos sem nunca dizer até onde eles me levarão, mas carregando-me de agradáveis surpresas ao longo do percurso. E de más também, mas essas devem ser sempre relativizadas, até porque é por existirem os maus momentos que sabemos valorizar e fruir o que de bom nos acontece.
Sim, vivo na incerteza.
Sim, muito por minha própria culpa.
Sim, os dias não estão fáceis.
Mas...
Não, não quero uma vida acomodada.
Não, não quero adivinhar o futuro.
Porque...
Sim, sei que são os caminhos mais difíceis que nos levam ao destino mais compensador.
P.S.: Meninas, não se admirem por me ter dado para isto, depois de tanto tempo de ausência. Escrevo na primeira pessoa, mas sei que estes sentimentos e pensamentos não são exclusivamente meus.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

agitada de mim


agito-me como uma triste folha de Outono fora de época
agito-me como um recado antigo escrito num papel gasto pelo tempo
agito-me como um pedaço de vento soprado às escondidas
agito-me como botão apertado numa casa sem janelas
agito-me como o mar revolto numa noite silenciosa
agito-me como um aceno contido num coração amarrotado
agito-me para atirar ao chão as lembranças amadurecidas
agito-me para libertar o peso da saudade solitária
agito-me para camuflar as lágrimas como chuva
agito-me para gastar a pele
agito-me para ficar e perecer

agito-me para cair e esquecer

Estranho é o sono que não te devolve.
Como é estrangeiro o sossego
de quem não espera recado.
Essa sombra como é a alma
de quem já só por dentro se ilumina
e surpreende

e por fora é
apenas peso de ser tarde.
Como é amargo não poder guardar-te
em chão mais próximo do coração.




Daniel Faria

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Casino Lumiar

Eis que se andam a passar umas coisas esquisitas no 11.º Lumiar.
Não é que, quando chego no domingo de mais um fim-de-semana no Norte, encontro-as a jogar às cartas. Na porta leia-se "Casino". Não estavam a jogar a dinheiro, mas pouco faltava.
E ontem, o cenário repetiu-se. As equipas mudaram, é certo, mas a disputa por pontos continuava renhida! A acompnhar, em ambas as ocasiões, uma garrafinha de vinho branco (do bom!).
Gajas, está prometido um saco de feijões para tornar o jogo mais sério.
Divirtam-se!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Banhinho bom


Depois de uns dias sem gás e sem àgua quente, hoje foi tão bom tomar banhinho em àgua quentinha. Vocês nem imaginam!
E pensar que há muita gente por este país fora que não tem estas condições...

Obrigada, Sr. do Gás.

O mais sincero "bem haja".

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Que saudade...
















E agora o que é que eu faço
Pra esquecer tanta doçura?

Isto ainda vai virar loucura!!!


quarta-feira, 31 de outubro de 2007


"Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!"


José Carlos Ary dos Santos

sábado, 27 de outubro de 2007

Alma Gémea

Onde você se esconde
Aonde te encontrar
Em um lugar bem longe
Em minha cabeça
Onde você se esconde
Que nome você tem
Se você mora em Londres
Se você tem alguém
Meu amor me dê um sinal
Dê um toque paranormal
Quero toda sua alegria
Dias, dias, dias e dias
Será que é um sonho
Será que é real
E vai marcar prá sempre
A minha vida
Será que é do bem
Será que é cruel
Um anjo descuidado
Que vai cair do céu
Meu amor me dê um sinal ...
Eu quero encontrar você
Pra gente namorar
A vida inteira
Eu quero namorar você
Pra gente se encontrar
A vida inteira

"Onde você se encontra" Netinho e Ivete Sangalo

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dieta


Não há nada como um desgosto de "amor" para a linha de uma mulher!

A minha começou hoje...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fotocopiar dá direito a divórcio!

Numa empresa portuguesa, por causa das fotocópias, foi emitida a seguinte circular:

Caros Colegas:
Pede-se encarecidamente ao pessoal da Empresa, que no momento de solicitar fotocópias ao colega da REPROGRAFIA, Sr. João o façam de uma forma clara e objectiva, completando as frases que escreverem.Acontece que os "post it" adjuntos aos documentos por fotocopiar, e os pedidos escritos, têm causado problemas ao nosso colega de trabalho que nos faz o favor de tirar as cópias, chegando ao extremo de criar problemas conjugais.Como exemplo, citamos algumas notas de "post it" encontradas nos bolsos do nosso colega pela sua esposa.

- Por favor, João, depressa!...depressa!...Lindo!
- João, faz-me como o fizeste da outra vez!
- João, dá-me duas, rapidinho!
- João, pelos dois lados... e presta atenção que por trás tem que ficar tudo.
- Por favor, João, primeiro a mim, que estou aflita.
- Quando tirares, faz com que se veja o melhor possível.
- Pode ser sem pressa, mas que fique bem feito!
- João, urgente! Podes meter-me no meio sem que ninguém perceba e fazer rapidinho?
- João, pode ser pela frente e por trás. Se não conseguires, dá-me duas separadas.
- Então, João, quando é que me fazes o trabalhinho? Estou a ficar aflita.

Percebem agora a GRAVE situação que se encontra o nosso colega??? E agora imaginem o estado em que se encontra a sua ESPOSA e com razão.

Esta gente tira-me do sério!!!

Sabem o que mais me chateia (e estou a mesmo a ser simpática!) é o "imperialismo" desta gente!!!
Devo mesmo ter nascido num reino diferente... (E eu venho do Berço da Nação!)
Estou farta de pessoas "imperialistas", cheias da "puta da mania", sem humildade e respeito pelos outros. Fdx esta merda de cidade, desta gente que só olha para o próprio umbigo, que se acha o "supra sumo da batata" e que "ninguém lhes chega".
Gostava de poder confiar nas pessoas e na sua palavra ("eu dou-te a minha palavra", entendem?).
Não consigo! Não sou feliz a viver sempre assim, a olhar para trás e para o lado com apreensão e desconfiança.
Estou farta! Esta gente tira-me do sério!

sábado, 13 de outubro de 2007

Raios me partam!!!

Hoje, sábado, (leia-se "dia de dormir até às quinhentas"), cá estou eu acordadinha, prontinha para ir para o trabalho (só pode!!!). Parecia mas, graças a Deus, que não. (Já não aguentava mais esta semana! Á frente!)
Estou por aqui a estas horas, por causa da persiana que está avariada e entram os primeiros raios de sol pelo quarto a dentro. Mas, alguém me pode dizer, porque é que é ao sábado o sol não desaparece? Óh pá, só durante a manhã, pelo menos, porque à tarde dá jeito para ir passear.
Pronto, aqui estou eu... Sem ninguém com quem teclar no messenger, sem poder fazer as limpezas domésticas porque o pessoal ainda estão a dormir, sem vontade de "fazer corno"...

Prevejo um fim-de-semana com muito soninho.... Haja, ao menos, boa disposição!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Esse tempo que me foge

Preciso de mais tempo para estar com as pessoas que amo e que gosto...
Preciso de mais tempo para fazer tudo como desejo...
Preciso de mais tempo para fazer aquilo que gosto...
Preciso de mais tempo para ouvir e ajudar os outros...
Preciso de mais tempo para cuidar de mim...
Preciso de mais tempo para pensar em mim...
Enfim, preciso de mais tempo para viver, no verdadeiro sentido da palavra, pois, por vezes, tenho a sensação de que apenas sobrevivo.

Nua

 
 
Olho a cidade ao redor e nada me interessa
Eu finjo ter calma
A solidão me apressa

Tantos caminhos sem fim
De onde você não vem
Meu coração na curva
Batendo a mais de cem


Eu vou sair nessas horas de confusão
Gritando seu nome entre os carros que vêm e vão
Quem sabe então assim
Você repara em mim

Corro de te esperar
De nunca te esquecer
As estrelas me encontram
Antes de anoitecer

Olho a cidade ao redor
Eu nunca volto atrás
Já não escondo a pressa
Já me escondi demais

Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim


Ana Carolina, "Nua"

terça-feira, 9 de outubro de 2007

...livrai-nos de todo o mal e dos transportes públicos...

Alguém tem que "salvar" este blog senão daqui a nada ganhamos o prémio de nostalgia/melancolia e ainda servimos de argumento para um qualquer filme dramático português (se, pelo menos fosse estrangeiro, sempre havia esperança de ver o Pitt...).
Por isso, sempre que é para aparvalhar ou dissertar disparates sou convidada a escrever. Como dizia eu e a minha roommate ontem à noite: eu até digo coisas sérias bonitas, devia de escrevê-las! O problema é que ia dar um livro muito pikeno!...
Adiante que se faz tarde!
Ora bem, cá estou para partilhar o meu pesadelo dos transportes públicos. Hoje, não pela primeira vez mas se calhar pela segunda, senti-me uma autêntica sardinha assada enlatada. Assada pelo calor do eléctrico, e enlatada pelo amontoado de pessoas! Pena que o assado tivesse mau tempero! O alho era mais um sovaco mal lavado, um cadinho de mau hálito matinal, e uma pitada de um ingrediente que não consegui decifrar. Normalmente, estes odores passam despercebidos ao nariz mais atento na correria do dia-a-dia, não fosse a forçada proximidade que tive de experimentar hoje de manhã. Quase podia ter provado o champô da tipa loira à minha frente. Não era mau, mas o meu é bem melhor! :p
Não obstante, o eléctrico apinhado num cidade em trânsito, ainda tinhamos a versão portuguesa desse grande filme "Mentes Perigosas". Foi um cadinho assustador, só um cadinho... mas o suficiente para se criar 1001 cenários possíveis.
Bem, passada 1h:30min entre transportes e tempo de espera, o saldo permanece positivo. Cheguei ao emprego inteira e sem sujar as calças brancas acabadinhas de lavar, mantenhos os dois braços sem arranhões, as pisadelas não provocaram lesões de maior, não parti os óculos nem levei na cara, não fui assaltada nem perseguida, portantos, está tudo oki! :p
Tenho ainda uma outra experiência de transportes engraçada, sim, essa é mesmo engraçada, a que acabei de relatar nem por isso, mas pronto. Contudo, por agora terminei a minha dissertação de revolta e fúria contida. Tenho tantas saudades tuas meu ET querido... tenho dito!

Dor que queima a alma

Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras! Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.


Fernando Pessoa
Ah meu poeta! É impressionante como consigo encontar sempre as minhas palavras nas tuas, principalmente quando, como tu dizes, sinto «este mal-estar a fazer-me pregas na alma». Não, desta vez, não é a comum angústia sem razão, não é a inquietação interior sem motivo, não é a eterna insatisfação. É medo, é um medo que queima a alma e se acentua a cada dia que passa, é o medo de atravessar o inevitável e sofrer verdadeira e profundamente.
E esta alma; que a cada dia se tenta munir de todas as armas para não desabar, para não mostrar aos outros que também tem esse medo, esta alma que quer sempre ser o suporte dos que ama, porque eles sofrem muito e, por isso, não lhes pode mostrar que a dor também a corrói; até quando vai esta alma aguentar? Até quando vai suportar o terrível medo da perda sem desabar? Ou melhor, até quando vai conseguir abafar a dor no silêncio e no correr dos dias frenéticos?
Talvez aguente, talvez não. Por ora, apesar da dor acentuada pela distância,vai aguentando...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Folhas Caídas...

Os dias acordam cinzentos, sem uma fresta azul, anunciando, dentro em breve, a estação das chuvas, do tempo húmido, dos ventos fortes que se colam às roupas quentes e que nos fazem sentir um friozinho gelado... É a época das folhas caídas, do sol tímido, que espreita, entre uma nuvem e outra, para o comum dos mortais. Abriu mão da vigilância activa que caracteriza o Verão.
Folhas caídas... essas que se desfazem no solo, como os segundos se diluem nos minutos... a vida dilui-se... sem solidez, sem matéria, sem moléculas... vejo átomos voláteis que se atravessam sem razão, sem certezas... as folhas caem e com elas a minha esperança se esvai, devagar, devagarinho, em slow motion...
Uma vez no chão, as folhas estão entregues à própria sua sorte, ou azar. Podem voar, mas não para muito longe, porque o destino marca a hora... da sua própria extinção. Folhas caídas, nessa passadeira castanha, que se estende no chão, são sempre esquecidas...

Despi a minha alma ao mundo, nesta pequena paleta de palavras... blue.

Andreia

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Jewel - Foolish Games

Foolish Games are tearing me apart

You took your coat off and stood in the rain,
You're always crazy like that.
And I watched from my window,
Always felt I was outside looking in on you.
You're always the mysterious one with
Dark eyes and careless hair,
You were fashionably sensitive
But too cool to care.
You stood in my doorway, with nothing to say
Besides some comment on the weather.

[Pre-Chorus 1]
Well in case you failed to notice,
In case you failed to see,
This is my heart bleeding before you,
This is me down on my knees, and...

[Chorus]
These foolish games are tearing me apart,
And your thoughtless words are breaking my heart.
You're breaking my heart.
You're always brilliant in the morning,
Smoking your cigarettes and talking over coffee.
Your philosophies on art,
Baroque moved you.
You loved Mozart and you'd speak of your loved ones
As I clumsily strummed my guitar.

[Pre-Chorus 2]
Well, excuse me, guess I've mistaken you for somebody else,
Somebody who gave a damn,
Somebody more like myself.

[Chorus]
You took your coat off,
Stood in the rain,
You're always crazy like that.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Green Day - Working Class Hero

Esta linda música é uma nova versão do original Working Class Hero, de John Lenon, e encerra em si a crítica social e política, um registo que, cada vez mais, se destaca nas músicas dos Green Day.
Desta vez, aliaram-se à causa de lançar um CD beneficente das vítimas do conflito no Darfur (Sudão) – o Instant Karma: The Campaign To Save Darfur. Para além dos Green Day, este álbum conta com as interpretações dos U2, dos The Cure, dos Snow Patrol, de Jack Johnson, entre outros. Fica aqui o vídeo da participação dos Green Day, onde se destacam os testemunhos reais de algumas vítimas do conflito.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Green Day - Working Class Hero - a letra

As soon as you're born they make you feel small
By giving you no time instead of it all
Till the pain is so big you feel nothing at all
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be

They hurt you at home and they hit you at school
They hate you if you're clever and they despise a fool
Till you're so ------- crazy you can't follow their rules
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be

When they've tortured and scared you for twenty odd years
Then they expect you to pick a career
When you can't really function you're so full of fear
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be

Keep you doped with religion and sex and TV
And you think you're so clever and classless and free
But you're still ------- peasants as far as I can see
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be

There's room at the top they are telling you still
But first you must learn how to smile as you kill
If you want to be like all the folks on the hill
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be

If you want to be a hero well just follow me
If you want to be a hero well just follow me

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Carta para as Big Girls

Se eu voar sem saber onde vou
se eu andar sem conhecer quem sou
se eu falar e a voz soar com a manhã
eu sei...

se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus sabe o que virá
só Deus sabe o que será
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim
se a tristeza é mais profunda que a dor
se este dia já não tem sabor
e no pensar que tudo isto já pensei
eu sei...


se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
na incerteza de saber
o que fazer, o que querer
mesmo sem nunca pensar
que um dia o vá expressar
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim


"Eu Sei" de Sara Tavares e Ana Fonseca



Olá Big Girls,

Vocês devem estar a pensar: "já vai para o quarto a esta hora? Será que está tudo bem?" Perdoem-me... Estou numa onda "esquisa" e não sei muito bem porquê.
Não são só as saudades de casa-casa. É algo mais profundo que trago comigo... Uma vontade de estar sozinha, de sorrir na multidão, de ficar bem juntinho mas, ao mesmo tempo, afastada e protegida... Estou mesmo a precisar de um tempo para mim... o meu tempo!
Sei que posso contar com a vossa amizade. E, acreditem, isto é muito importante para me sentir bem aqui.
Boa noite e um beijinho grande a todas.

Sou coração. Ponto.


Entregue a mim.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

As noites num hospital duram mais

Na Visão da semana passada (27 de Setembro) foi publicada uma grande entrevista com o António Lobo Antunes a propósito do seu novo livro - «O Meu Nome é Legião» (Dom Quixote). Nesta entrevista, o escritor conta, pela primeira vez com tanto pormenor, como foi descobrir, enfrentar e tratar um cancro que «lhe bateu à porta» no início deste ano.
São muitas as declarações que me chamaram a atenção, mas não pude deixar de memorizar o seguinte: «Não há nada de mais horrível do que uma noite passada num hospital. São noites infinitas. E é aí que aparece o desamparo.» Sim, António, eu que, também há pouco tempo, tive de passar umas noites no hospital, depois de uma cirurgia, corroboro estas palavras. Nunca na minha vida passei por algo tão horrível, tão doloroso, tão penoso.
Não se consegue comer, dormir e até a respiração parece querer falhar. É impossível dormir, é impossível comer, é impossível ter pansamentos animadores, é quase impossível respirar no seio de tanto sofrimento - o nosso, mas, acima de tudo, o dos outros.
As náuseas e os vómitos constantes provocados pela anestesia; os fortes analgésicos que nos assolam com tonturas e quase nos deixam sem forças; as veias todas picadas de tanto se procurar o ponto certo para o soro e todos os medicamentos; os suspiros e gritos sofridos dos que estão no nosso quarto, nos outros quartos e em todo o piso; as enfermeiras que não param a noite toda de ziguezaguear pelo corredor; as luzes que nunca se apagam... Enfim, claro que, com isto tudo, foi normal sofrer, pela primeira e única vez na vida, de ataques de pânico. A aflição era tal que, à segunda noite, tive de pedir a uma enfermeira que me desse «qualquer droga que me fizesse dormir».
Felizmente, tratou-se de uma intervenção simples e de curto internamento, mas estes foram momentos que registei como os piores que vivi até hoje... Mas, como costumo dizer, tudo o que nos acontece na vida tem um sentido positivo e não tenho qualquer dúvida de que esta experiência me enriqueceu muito e me fez ganhar mais força para enfrentar a adversidade e o sofrimento.
Nada de tristezas, eu não estou triste, só me deu vontade de escrever e compartilhar isto porque esta entrevista do António Lobo Antunes, que acabo de ler, tocou-me profundamente e fez-me recordar esses momentos. Principalmente quando ele diz: «Foi muito difícil. Enfim, muito difícil é exagero. Porque, ao lado, vi pessoas que estavam muito piores do que eu. Pessoas sem esperança, à espera da morte. As minhas hipóteses eram grandes e, por isso, às vezes, sinto-me culpado.»
Culpado? Sim, eu entendo, a culpa de não poder dividir a vida que ainda temos com essas pessoas.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Big girls don't cry

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I'm gonna miss you like a child misses their blanket
But I've gotta get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry
Don't cry,
Don't cry,
Don't cry.
Fergie - Big Girls Don't Cry

Só um desabafo de sexta-feira à noite... não se preocupem!!! Mais uma daquelas noites que fico parada à janela do 11.º a pensar e reflectir sobre o que faço aqui. Nunca se questionaram? Penso cada vez mais: porque escolhi, porque estou aqui, porque sou assim? Vou mas é dormir que o meu mal é sono!

Sexta-feira à noite

Começo por dizer que hoje não me apetece nada sair. Mas ir beber um copo a algum lado pode não ser má ideia para "lavar a alma" de tanta energia negativa. (O meu dia de ontem foi a maior prova que "alguém me viu", como se costuma dizer. E isto não pode piorar!!!)
Assim, aceito sugestões. Procuro um local barato, com boa rede de transportes e cerveja boa!
Claro está que a companhia são vocês, companheiras do 11.º C , e quem de bem nos quiser acompanhar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Desculpas públicas

Detesto falhar com o que prometo e hoje acabei por fazê-lo. Embora as desculpas devam ser evitadas, até porque o que me impediu de cumprir o combinado, na verdade, poderia ser evitado, quero, também aqui, reforçar o meu pedido de desculpa a ti, nossa menina Alkalina.
Espero que a vossa presença na Festa Red Hot esteja a ser um sucesso e tenho a certeza que estão a dar mais nas vistas do que os ditos VIP's. Amanhã contam-me quem, afinal, levou a melhor: a do metro ou a do táxi? Bom, mas o importante é que tudo corra bem e se divirtam imenso!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pós-graduações e outros sucessos

A nossa casa mais parece o muro das Citações! Mas sobre este assunto apenas nos pronunciaremos mais tarde, desde já o meu pedido de desculpas aos mais ansiosos e que sofram de "algema de peito".
Ora bem, lá por casa se as paredes tivessem ouvidos ou as câmaras estivesses ligadas seriamos as próximas estrelas da TVI, quais talentos na arte da comédia e, sobretudo, da palermice. Naquele 11º C (este C dava pano para mangas... mas fica para quando chegar o inverno!), estuda-se muito... Somos todas aplicadas no estudo. Terminada a pós-graduação em "Como despachar um encalhado com mais de 30", ao que parece vai abrir uma nova temporada de "Como mudar fraldas a crescidos"; continua em expansão o curso de "Como não sufocar com mel e obssessão". Tiradas as especializações e, não não se prevendo descanso para estas cabecinhas parece que vão continuar os mestrados em ciência animal, com vertente prática de sapos. À parte os nossos sucessos escolares e outros que não convém referir, aceitam-se candidatos para bombistas suicidas, com disponibilidade para rebentar call center em horário pós-laboral. Convém que tenha bom aspecto, para morrer bonito!
Fiquem bem!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

E agora cantem...

«Boa Sorte/Good Luck»

Vanessa da Mata & Ben Harper


É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That’s it
There is no way
It over, good luck
I have nothing left to say
It’s only words
And what I feel
Won’t change

Tudo o que quer me dar/Everything you want to give me
É demais /It´s too much
É pesado It’s heavy
Não há paz/There is no peace
Tudo o que quer de mim/All you want from me
Irreais/Isn´t real
Expectativas/Expectations
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who poisoned you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world
In the world
All you want
All you want

Tudo o que quer me dar/Everything you want to give me
É demais/It´s too much
É pesado/It’s heavy´
Não há paz/There is no peace
Tudo o que quer de mim/All you want from me
Irreais/Isn’t real
Expectativas/Expectations
Desleais
Now were
Falling into the night
Um bom encontro é de dois

Tacada Final

Subscrevendo a nossa querida Pinipon e para que não restem dúvidas: NÓS TEMOS TUDO, SÓ NÃO TEMOS COMPARAÇÃO!!!

domingo, 23 de setembro de 2007

Ausência

Tem sido notória a minha ausência no blogue. Tudo porque, devido às minhas novas funções laborais, me tenho dedicado quase a 100 % ao trabalho. E, depois de um dia como os meus, não há muita inspirição que reste no cérebro. Não tem sido fácil. Pelo contrário, felizmente, vejo que as restantes gajas vão mantendo esta banda animada e que já proporcionaram grandes sorrisos através dos seus posts. Vejo também que já temos frequentadores assíduos: bem-vindos!
Resta-me prometer que vou tentar ser menos ausente, deixando um pouco de lado as centenas de trouble tickets (não é Andreia?!) que tenho de encaminhar, os planeamentos, os e-mails e o telefone sempre a tocar até em sonhos.
Boa noite...


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Só não tem comparação...

Muito se tem escrito por estas bandas. Desde o estado da alma, que, por sorte, ainda está isenta de pagamento fiscal, até pensamentos shakespearianos, tudo é motivo de partilha com a comunidade de leitores deste blog.
Mas, embora já se tenha abordado, transversalmente, alguns dos temas que nos inquietam o espírito (sem prejuízo para o corpo, que, como já diz a música de Variações, é quem paga nas situações de insanidade mental), ainda não falamos das virtudes deste espaço. Para definir este blog, teremos, incontornavelmente, de falar nas suas cinco fundadoras.
Chegados a esta fase, presumo que estejam inchados de curiosidade para saber o que se segue... Não, não vos vou deixar a morder os dedos, nem dar por encerrado este primeiro capítulo e terminá-lo ao estilo das séries americanas: «To be continued».
O campo da definição é, por natureza, um terreno sempre um pouco árido, porque há sempre alguma palavra que escapa ou algo que fica por dizer... Vou tentar contrariar esse princípio e ser o mais fiel à realidade. Para isso, tentei compilar algumas das características comuns a estas cinco mulheres fantásticas.
Algumas pistas que nos apontam o caminho:

11.º Lumiar: onde nos sentimos como peixes dentro de água;

Família: a de cada uma de nós e a nossa, cá de casa... temos um grande agregado familiar;

Nervos: os nossos são de aço. Só de vez em quando é que temos, cá em casa, uma mulher à beira de um ataque de nervos...

Sofá: e o «homem» da casa. Tem sorte, pois pode-se gabar de já ter carregado, no seu dorso, as cinco mulheres do Norte.

Luz: como estamos numa onde ecológica, optamos por utilizar a nossa própria luz natural. Quem mais se pode gabar de ter cinco «Sininhos» dentro de uma casa? Nah, esta não é a Terra do Nunca.

Pés: são os nossos instrumentos de tortura... não queiram ver estas cinco mulheres do Norte a dar com os pés a alguém... sabemos artes marciais, do tipo Anjos de Charlie (versão alongada: 3+2)

Verniz: Não, não vou falar das preferências particulares. Digo apenas que só há um motivo que faz estalar o verniz...

Fumo: apenas fumo branco das mentes brilhantes que habitam o 11.º Lumiar

Fotografias: porque há sempre momentos Kodac

Espírito: todas partilhamos do mesmo: o de aventura

Ciber... sala. A nossa.

Força... a união destas cinco mosqueteiras faz a força....

... e mais não digo...

aceitam-se sugestões.

Obg

Pinipon

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Desaparecimento de Madeleine McCann ocupa 30% do tempo informativo

Pensei ser interessante partilhar esta informação convosco...


"Os "jornais" televisivos deram novamente grande destaque ao desaparecimento da pequena Madeleine McCann, dedicando-lhe cerca de 30% do seu tempo regular, de acordo com a informação da MediaMonitor.

Entre 6 e 11 de Setembro de 2007, foram 215 as notícias sobre o desaparecimento de Madeleine McCann emitidas pelos serviços regulares de informação da RTP1, RTP2, SIC e TVI.

Recorde-se que Madeleine McCann, de 3 anos, desapareceu no dia 3 de Maio do quarto de um aldeamento turístico no Algarve, onde dormia com os seus irmãos gémeos. Depois de 125 dias de investigação policial, nos dias 6 e 7 de Setembro os pais da menina foram ouvidos na Polícia Judiciária por suspeita de envolvimento no caso, levando os media a centrar, de novo, fortes atenções neste assunto.

Assim, entre 6 e 11 de Setembro, as 215 notícias relacionadas com Madeleine McCann representaram 17.6% do total de matérias tratadas por estes programas no período em análise.

A SIC foi, destacadamente, o canal que mais notícias emitiu sobre este tema, num total de 100 (46.5% das matérias relacionadas com o desaparecimento).

Este tema ocupou cerca de 30% do espaço noticioso do período. Com uma duração total de 12 horas e 29 minutos, as notícias sobre Madeleine representaram 29.1% da duração noticiosa total.
Foi também a SIC a estação que mais tempo dedicou a este assunto, emitindo mais de 6 horas de informação relacionada, o que representou exactamente metade do tempo total que estes canais dedicaram ao tema.

Foi ainda na SIC que a relevância do tema foi maior, pois representou 27.8% das notícias e 46.0% do tempo noticioso que o canal passou no período em análise.
Domingo, 9 de Setembro (o dia em que o casal e os filhos gémeos regressaram ao Reino Unido), foi o dia em que mais matérias sobre este caso passaram nos écrãs destes canais. Nesse dia, o assunto representou 71.17% do tempo informativo regular da SIC, 54.7% do tempo informativo da RTP1, 49.5% da TVI e 40.7% da RTP2.

Esta análise considera apenas os serviços regulares de informação dos canais em análise no período compreendido entre 6 e 11 de Setembro de 2007."

Fonte:Markteste.com

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Carago, só festas!


Aqui no 11.º Lumiar adoramos festança. Ele são jantares vegetarianos (by mestre Cesaltino,Isaltino, ou qualquer coisa que termina em "Tino"); jogos de futebol com pizzas e cervejolas; pipocas e filmes românticos; greens com um joguinho de sueca... enfim, gostamos é de festa e boa disposição.
E nem de propósito, nos últimos dias, têm chovido convites.
Deixo aqui uma sugestão para o próximo dia 28 de Setembro, sexta-feira. Bora lá, gajas? Estou a convidar com alguma antecidência para marcarem já na vossa agenda. ;)





terça-feira, 18 de setembro de 2007

A Baixa pela manhã

Hoje de manhã fui fazer uma entrevista na Baixa-Chiado... Não, não vou escrever aqui uma composição como as que fazíamos na escola primária! Só quero compartilhar convosco o que me aconteceu, porque foi simplesmente fantástico.
O que foi então? Bem, foi uma sensação mágica. Aquele friozinho matinal a bater-me no rosto; o senhor que apregoava a manchete do jornal Meia Hora à saída do metro a fazer-me lembrar os ardinas de antigamente; os transeuntes que caminhavam com calma (contrariando o rebuliço citadino que se vivia em muitas outras zonas àquela hora); o incontornável café tomado numa pastelaria onde se respira passado; a calma dos estrangeiros sentados na esplanada da Brasileira e, para completar este cenário idílico, deparo-me com um dos melhores entrevistados que já conheci.
Um homem extremamente simpático, inteligente e cheio de ideias, que quis traçar o perfil da pessoa que o abordava. Então, no final da entrevista, diz-me: «Nota-se, pelas suas questões, que entende bastante desta área e gosta do que faz». Acertou em parte! De facto, sou uma apaixonada pelo que faço, já tenho alguns conhecimentos, mas estou ainda muito longe de me considerar uma jornalista especializada no que quer que seja.
Enfim, com um dia a começar desta forma, só posso dizer: hoje sinto-me feliz! Mas não apenas por estes motivos. Um bom resto de dia para todos e, aconteça o que acontecer, saibamos encontrar a felicidade nos pequenos nadas que a vida todos os dias nos oferece.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Planta o teu Jardim. Decora a tua Alma.

Porque lá em casa estamos muito numa onda de William Shakespeare, partilho convosco, o meu mais recente achado sobre este autor... É lindo!!...

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. Começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas de cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de uma criança e não com a tristeza de um adulto. E aprendes a construir as tuas estradas no hoje, porque o amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de se partir ao meio em vão. Depois de algum tempo aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te de vez em quando, e deves perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que os amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar os amigos, se compreendermos que os amigos mudam. E descobres que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa ou nada para terem bons momentos juntos. E descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e o ambiente têm muita influência sobre nós, mas que não deixamos de ser responsáveis por nós próprios. Aprendes que paciência requer muita prática. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em, algum momento, condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores. E percebes que... Realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

Se mimarmos os que nos rodeiam, e tudo o que é importante para nós, o nosso Jardim crescerá e terá flores cada vez mais coloridas e perfumadas! Boa sorte para os cultivos! :p

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Esta semana existiu?

Quem me conhece sabe bem que vivo numa luta contra o tempo e que sou uma eterna inconformada com a sua inevitável e fugaz passagem. Mas hoje, mais do que nunca, invade-me uma sensação de não ter dado conta da existência dos dias da semana que agora termina. Terei hibernado desde domingo? É que não me lembro de terem passado cinco dias!
Como é que, ao cabo de cinco dias, ao invés de despachar os meus afazeres, só acumulei tarefas e mais tarefas? É certo que tenho de engendrar estratégias para gerir o meu tempo de forma mais eficaz, mas esta semana foi absurdamente estranha. Bastou ausentar-me de Lisboa durante dois dias, devido a uma reportagem, para não conseguir dar resposta a tudo o que tinha planeado fazer.
E o pior é que eu própria sinto-me estranha. Sabem aquela sensação de que não estamos nesta dimensão? As pessoas falam comigo e eu ou simplesmente não escuto, ou não memorizo; penso em imensos assuntos ao mesmo tempo e não consigo concentrar-me em nenhum. Em suma, sinto uma enorme confusão dentro da minha cabeça, como se estivesse sempre em estado de embriaguez. Mas eu não bebi nem um gota de álcool esta semana, isso é certo! :)
Vai passar...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

DESAFIO!

Quem cria peixes ?

5 homens de nacionalidades diferentes habitam 5 casas de cores diferentes situadas em fila umas ao lado das outras.Cada um, fuma uma marca diferente de cigarros, bebe uma bebida diferente e criam animais de espécie diferente, ou seja, cada um tem características únicas, nada se repete...
Pistas para o ajudar a resolver o enigma:


- O norueguês vive na primeira casa.
- O inglês vive na casa vermelha.
- A casa verde está à esquerda da casa branca.
- O dinamarquês bebe chá.
- O que fuma Rothmans vive ao lado do que cria gatos.
- O que vive na casa amarela fuma Dunhill.
- O alemão fuma Marlboro.
- Na casa do meio bebe-se leite.
- O que fuma Rothmans vive ao lado do que bebe água.
- O que fuma Pall Mall cria pássaros.
- O sueco cria cães.
- O norueguês vive ao lado da casa azul.
- O que cria cavalos vive ao lado da casa amarela.
- O que fuma Kentucky, bebe cerveja.
- Na casa verde bebe-se café.

Eu assino em baixo!

Triste Figuras
by Margarida Rebelo Pinto

"Se para as mulheres deixar a tampa da retrete aberta e um par de meias no chão é um turn off, antes de elaborar uma lista exaustiva de pequenos gestos que as fazem enjoar do seu parceiro, decidi colocar-me do outro lado da trincheira e tentar perceber o que dá cabo dos nervos aos homens a ponto de os fazer desaparecer do mapa.Felizmente, nem todos os homens se interessam sem critério por todas as mulheres. Há quem siga regras estritas: os não fumadores, por exemplo, não toleram a ideia de andar aos beijos com uma rapariga que saiba a cinzeiro. Pequenos pormenores, como ela ouvir música pimba, vestir tops de lycra, ter uma voz demasiado aguda ou desfiar o seu rosário de sofredora relatando em pormenor todas as doenças dos membros da família, pegar mal nos talheres, mascar pastilhas elásticas, rir alto, discutir futebol ou ter a mania que é um piloto e Fórmula 1 quando atravessa a A5, podem ser fatais.
Depois, na hora H, a vigilância aperta: lingerie ordinária ou de cores inesperadas, cuecas grandes de algodão daquelas que eles imaginam que as senhoras que lavam as escadas usam, perfumes demasiado intensos, mulheres que pensam que dar beijos é o mesmo que fazer transplantes de cuspo, assumir comportamentos pouco naturais inspirados em filmes para adultos comprados na Makro, podem espantar a caça.
Aquilo que uma mulher nunca deve fazer é falar dos ex-parceiros e como eles eram na cama. Comparar é crime; se eles pudessem, dava direito a cadeia. Outra coisa que irrita os homens são mulheres que se estão sempre a desvalorizar. Ou então o oposto, mulheres que se vangloriam: cabe-lhes a eles fazer os elogios que entenderem.O estilo frango assado, que se mexe pouco, também já está fora de moda, deixa-os profundamente entediados e com vontade de: 1. Irem-se embora comer caracóis na tasca mais próxima; 2. Atirar-lhes água fria, como cantava o Reininho.
E depois do depois, há erros que eles não engolem e por isso mesmo não perdoam: ficar a dormir sem ser convidada, abrir gavetas, mudar coisas de lugar, dizer coisas do género ‘esta casa precisa de um toque feminino’, dá-lhes logo vontade de brincar ao toca e foge.Finalmente, ‘last but not least’, nunca, mas nunca dar a entender que a coisa não correu bem durante toda a performance, a não ser que nunca mais o queira ver. Um homem envergonhado é um desertor por natureza. E ninguém gosta de pensar que fez figuras tristes."

Ora bem... as minhas queridas colegas de casa e possíveis leitores deste blog devem estar a rir-se a integorrar-se da origem deste post. Pois bem, não há nada que mais se discuta lá em casa do que as relações humanas, ou melhor, relações amorosas mesmo quando não o são. Perem lá... se calhar falamos mais de relações "desastrosas", lá experiência não falta e, não timidamente, também me incluo. Encontrar o amor, ou o Amor, ou o AMOR é, cada vez mais, uma agulha num palheiro. E depois há aqueles que são tipo as unhas encravadas ou os comprimidos entalados na garganta, peço desculpa pelas expressões.

Verdade seja dita, todas as meninas acreditam em histórias de encantar. Já não falo em princípes porque isto hoje em dia está mais virado é para sapos, dos rápidos, mas sapos na mesma! E entre um ou outro sapo, lá vamos perdendo sapatos de cristal nos desencontros da vida, à espera do princípe montando no seu belo cavalo branco.

Bem, moral da história: normalmente os princípes perdem-se no caminho e só acabam por chegar os cavalos! :p

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Onde mora a saudade?

Chuva (Mariza)

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
Da história da gente
E outros de quem nem o nome
Lembramos de ouvir

São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder

Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai, meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva
Á instantes morrera

A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Reflexão de Fim de Semana com Foto

Sugestão de reflexão para o fim-de-semana...


A edição online do jornal Público de hoje trazia esta imagem, com o texto abaixo citado. Não consegui evitar de ler e de me chocar. Afinal, não faltam pelo mundo mãos sujas como estas e almas tão negra como a escuridão...







Trabalho de risco

Estas são as mãos de um trabalhador que exerce uma das profissões mais sujas e perigosas do mundo. São de um trabalhador do porto de Bombaim, na Índia, sujas de um químico azul, não identificado, contra o qual não usa nenhuma protecção. Apesar de perigosa, esta é a única ocupação disponível para centenas de pessoas naquela cidade indiana. Trabalham ali meninos de 14 anos, descalços e sujos, que precisam daquele trabalho para sobreviver. Muitos trabalhadores morrem todos os anos ou ficam gravemente doentes.

Foto: Arko Datta/Reuters


O nosso mundo não está a melhorar...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Vamos lá pôr a escrita em dia!

Como é meninas? Então ninguém escreve? Tadinhas! Andam todas tão atarefadas. Pois é, hoje ocorreu-me este pensamento: já repararam a reviravolta que está a sofrer a vida de cada uma de nós? Novos projectos, novos desafios, novas responsabilidades, novos conhecimentos, novas relações, novas descobertas... Enfim, quase parece que temos uma nova vida! Mas não, ela ainda é a mesma!
De minha parte, só me queixo de uma coisa: trabalhar em casa! Gosto muito do nosso «humilde lar» e desta sala camaleónica que, de dia, se transforma em miniempresa e, à noite, em «cyber living room», mas já estou a ficar saturada de estar muito tempo no mesmo local.
Apesar desta ânsia em dar espaço próprio à «minha menina», há que ser prudente e esperar por marés mais favoráveis. Por agora, outras prioridades se «alevantam».
P.S.: Andreia, sei que andas muito ocupada, mas só faltas tu adicionar a contribuição a este weblog! Ehh, ehhh, agora é que te vais sentir pressionada ;)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Desabafo do dia

10, 15, 20, 25, 30, 35 .... Aaaaaiiiiii!!! Estou cansada de tanto contacto, de repetir sempre o mesmo e de ouvir quase sempre a mesma resposta: «Pode enviar tudo que está a dizer por e-mail?» «Com certeza, mas olhe que pessoalmente conseguiria apresentar melhor o projecto, poderíamos agendar uma reunião...», respondo. Ao que se segue: «Ah, não vale a pena, por e-mail basta!»
Sabem o que isto me faz pensar? Com o facilitismo das tecnologias, como se constroem relações de confiança? Não seria melhor conhecer pessoalmente as pessoas que nos abordam e com as quais acabamos por selar acordos e negócios de relevo?
A evolução tecnológica veio instalar-se entre os seres humanos, em alguns casos, para os unir, mas também para os separar, substituindo as tão necessárias conversas cara a cara e olhos nos olhos. Posso parecer uma retrógada, mas, para mim, a forma mais eficaz de conquistar e deixar que os outros nos conquistem a confiança é dar a possibilidade de ouvirmos e vermos as pessoas presencialmente.
A postura, os gestos, o olhar, o sorriso, a entoação das palavras... Observar bem todos estes sinais é a maneira mais eficaz de distinguir a verdade da mentira, a sinceridade do cinismo, a boa vontade da busca em obter proveito próprio.

Viver com intensidade

Fica aqui um conselho do meu eterno poeta. Ele tem razão: não importa o tempo que as coisas duram, o importante é saber viver com intensidade!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

«Passamos a vida a fugir de alguma coisa e à procura de outra.
O nosso comum destino é chegar e partir.»

Pedro Paixão in Os corações também se gastam

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Luxo em pleno caos?


Ainda estão a tempo de visitar a exposição das fotografias que foram eleitas para o World Press Photo do ano 2006 e para o Prémio de Fotojornalismo Visão/BES. No total, são 191 as fotografias que podem ser visitadas até ao próximo domingo (dia nove de Setembro), no Museu da Electricidade, local que acolhe, pela primeira vez, esta exposição.
A fotografia que este ano venceu o World Press Photo pertence à categoria Vida Quotidiana e foi captada pelo americano Spencer Platt, da agência Getty Images.
O facto de veicular uma mensagem de denúncia social e de sensibilização para situações de conflito, pobreza ou desigualdades sociais é, com certeza, um dos fortes critérios de selecção do júri do World Press Photo.
A fotografia de Spencer Platt mostra, em grande plano, um grupo de jovens libaneses, aparentemente pertencentes à classe alta, que se passeavam entre as ruínas de um bairro de Beirute, após um bombardeamento israelita, em pleno 15 de Agosto de 2006.
Estes jovens mais parecerem modelos que posam para uma qualquer revista de moda. Estão bem vestidos, ostentam um descapotável vermelho, óculos de sol e telemóveis. Enfim, parecem completamente alheios ao cenário devastador que os envolve. A intenção do fotógrafo, muito provavelmente, terá sido denunciar estas desigualdades sociais que se verificam no Líbano, apesar da ameaça da guerra.
Segundo o Financial Times, a revista libanesa LAgenda Culturel descobriu que o motorista e duas das mulheres são irmãos e vivem numa rua próxima dali. Os jovens fotografados afirmaram que andavam à procura de alguns parentes, contrapondo a ideia de que são «meninos ricos» em pleno passeio turístico.
Verdade ou mentira, o facto é que esta fotografia encerra em si «a complexidade e a contradição da vida real no meio do caos e faz ver para além do evidente», como afirmou Michelle McNally, a presidente do júri do World Press Photo e responsável de fotografia no The New York Times.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Jorge Palma - Encosta-te a Mim

Esta música é linda e não me sai da cabeça nos últimos dias. Quero partilhá-la convosco. Pura magia para os ouvidos!

E aqui está a letra...

A Raquel faz anos hoje! Muitos parabéns. Linda, esta música é a «prendinha» que te envio à distância.
Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos,
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar,
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos,
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver,
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer,
recebe-me bem, não desencantes os meus passos,
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo,
o que não vivi, hei-de inventar contigo,
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes,
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta pomba, que não está armadilhada,
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada, porque arrasei o que não quis,
em nome da estrada, onde só quero ser feliz,
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo,
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo,
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim, quero-te bem, encosta-te a mim.

A ausência de sono de todos os dias


Tic-tac, tic-tac, tic-tac... Aqui na sala, em frente ao computador, o único som que me chega aos ouvidos é o dos ponteiros do relógio da cozinha.

Na varanda, enquanto fumo mais um cigarro e olho a magnífica lua que hoje está cheia, só ouço os poucos carros que passam. Nem parece que estou em Lisboa. Mas, à noite e vista desta janela, a capital é assim silenciosa. Dorme, prepara-se para a azáfama do dia seguinte.

E eu, infalivelmente, cá estou, sem sono. Para não romper o colchão com as voltas e mais voltas que dou sem conseguir adormecer, fico aqui, na sala. Entretenho-me na Internet, leio, pesquiso, escrevo, fumo, penso, penso, penso... até à exaustão, até sentir a minha mente desactivada.

A falta de sono não se deve ao facto de não andar cansada (acabo de chegar de férias e o trabalho, para já, é pouco). A ausência de sono à noite é uma característica minha. Nem que me levante todos os dias muito cedo, não consigo, quase nunca, adormecer antes das duas ou três da manhã. Consequência? Se puder, durmo até tarde no outro dia. Se não, aguento-me bem com poucas horas de sono, o meu cérebro já se habituou. Se calhar, porque acabo sempre por o compensar com as horas a fio que durmo aos fins-de-semana.

Bem, mas como ainda é quarta-feira, e eu vou levantar-me a horas decentes, este texto fica por aqui. O computador vai ser desligado, o último cigarro já foi fumado, a mente está a entrar em estado de pré-exaustão e, depois das rotinas que antecedem o deitar, com certeza, já estarei suficientemente cansada para não pensar em mais nada e simplesmente dormir. Até amanhã!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Nova Vida


Vou tirar do armário os remos do meu barquinho
Vou magoar as ondas a cada investida para partir
Nada fica no seu lugar,
nem tão pouco o mar.

Vou sacudir o pó aos meus remos
amarrar os braços ao futuro para não fugir
e comprar o bilhete da viagem encantada.

Vou desamarrar o meu barquinho deste rio parado
e Voar.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Ola Kala («Tudo vai bem») - trapezistas que bailam

A diferença e a novidade têm sobre mim um poder muito especial. Por isso, nem pensei duas vezes quando me surgiu o convite para assistir ao Ola Kala – um espectáculo de Novo Circo da companhia francesa Les Arts Sauts.
O chapitô de 32 metros de altura e 52 de diâmetro, em forma de esfera, que foi instalado no Centro Cultural de Belém, mesmo visto de longe, já incitava a vontade de entrar e descobrir o interior daquela invulgar estrutura.
Logo à entrada, vive-se, por segundos, uma aventura: tem de se empurrar dois toldos laterais que parecem querer esmagar quem se arrisca a transpô-los. Ao mesmo tempo, um inesperado vento sopra com intensidade, parecendo empurrar para trás quem quer entrar. Solução? Dá-se força ao corpo e… que fácil, já estamos lá dentro!
O espaço é escuro e os suaves focos de luz vindos do topo da esfera lá indicam as chaises longues – umas cadeiras nada convencionais que permitem à assistência ver este espectáculo, que decorre a uns 12 metros do chão, quase deitada.
As luzes apagam-se totalmente, ouve-se o ruído das pessoas que trepam as estruturas de ferro e, quando os focos voltam a iluminar a esfera, já 17 trapezistas e cinco músicos se encontram bem alto, para desafiar a lei da gravidade.
Ola Kala, que traduzido do grego significa «Está tudo bem», é um espectáculo que transforma o trapézio numa nova forma de arte. No ar, os corpos dos trapezistas flutuam e dançam ao som de vozes femininas, ritmos electrónicos, violinos e violoncelos tocados pelos cinco músicos que também desafiam as alturas.
Ao longo do espectáculo, são muitas as vezes em que a sensação de que aqueles corpos estão a voar nos invade. A iluminação, com jogos de sombras, efeitos de aproximação e afastamento, ajuda a criar esta ilusão de que as pessoas também voam. Mas, quando a sombra se abre e os artistas se tornam mais visíveis, sentimos o coração aos saltos, como se fossemos nós a arriscar todas aquelas acrobacias.
Os corpos misturam-se, servem de amarra uns aos outros e abismamo-nos com aquela capacidade de nunca se deixarem cair, por mais ousadas que sejam as cambalhotas que se dão em cima do…ar!
As imagens e os sons substituem as palavras. A vertigem e a emoção prendem a atenção da assistência a cada movimento que nunca é igual a outro. De repente, parece que os corpos se transformam em figuras aéreas, voando em torno de um espaço muito peculiar – um grande trapézio em forma de cruz com vários eixos e deslocações.
A componente estética, marca dominante do Ola kala, está presente nos delicados movimentos dos artistas que não saltam, mas flutuam; não dançam, mas bailam; não caem, mas parecem ter o prazer da queda, a tentação de arriscar e vencer o medo de voar.

sábado, 25 de agosto de 2007

O primeiro de muitos

Aqui está o que espero ser o primeiro de muitos posts no blogue da nossa casa.
Recordo com muita alegria o dia em que, depois de uma procura de casa pouco satisfatória, conheci a Madalena, a Raquel, a Andreia e também a Sara, que acabei por substituir.
Há alturas na vida em que temos sinais concretos de que estamos a seguir o caminho correcto; a tarde de Abril em que decidi rápida e prontamente ficar no 11º foi uma delas. Tinha terminado a incerteza e o dilema. Tinha encontrado um local acolhedor e pessoas com quem estabeleci desde logo a fundamental empatia e com as quais tenho o privilégio de partilhar o dia-a-dia. São mulheres fantásticas pelo que são e pelo que fazem. Posso dizer que tive sorte, posso dizer que sou feliz aqui.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

História de um weblog renascido - a nossa história...

Corria o mês de Junho de 2006 quando quatro meninas e um menino do Norte, mas a viver em Lisboa, decidiram cirar um weblog. O que os levou a tal ideia? Afinal o que os unia? É muito simples: viviam todos na mesma casa, um singelo apartamento, localizado num alto 11.º andar, algures no Lumiar, em Lisboa.
Duas das meninas já trabalhavam em Lisboa, as outras duas e o menino vieram para cumprir um estágio de sensivelmente três meses. Infelizmente, findo esse período, uma das meninas e o menino regressaram ao Norte e ficámos apenas três: nós, as duas que já cá estávamos, e a outra das meninas que, resistente e corajosa, decidiu enfrentar as agruras de quem está longe dos que ama para lutar por um emprego em Lisboa.
Hoje, mais de um ano volvido, cá continuamos as três e mais uma nova menina que nos faz companhia desde o passado mês de Maio. Ela também é do Norte, o que quer dizer que a empatia foi quase imediata e a sua adaptação ao ambiente «amalucado» cá de casa também foi rápida, embora ela seja de génio bem mais calmo que o nosso!
Quanto ao antigo weblog, que criámos em Junho de 2006 e que também se chamava 11.º Lumiar, acabou por sucumbir com a partida de dois dos seus criadores, mas hoje ele renasceu, aqui nesta nova morada. E por que o quisemos ressuscitar? Bem, a ideia já nos tinha ocorrido várias vezes, mas a inércia acabava sempre por nos vencer. Mas agora temos um forte motivo: a Elsa, a menina que nos abandonou há um ano e um mês, vai voltar!
Pois é, linda Elsa, nem imaginas como estou feliz por te ter de volta, por saber que terei novamente a minha companheira das eternas noites sem sono (é que tu também só adormeces muito tarde), aquela pessoa sempre bem-disposta e pronta a alinhar numa aventura por Lisboa, seja de dia ou à noite.
O renascer do 11.º Lumiar é, antes de mais, o concretizar de uma vontade que se desvaneceu durante um ano, mas não morreu, e é um tributo a ti Elsa, que voltarás a estar connosco. É também uma oportunidade para manifestarmos o nosso enorme desejo de que, desta vez, fiques connosco por muito mais tempo. Desejasmos-te, por isso, toda a sorte para o novo desafio que te espera. Por nós, mas principalmente por ti.
Às restantes meninas que habitam este alto 11.º andar quero dizer que, apesar das chatices que possamos ter atravessado, gosto muito da vossa companhia e agradeço o apoio de todos os momentos, até mesmo quando tive de ser operada longe da família. Custou muito e agradeço, principalmente à Andreia, por, durante alguns dias, ter literalmente cuidado de mim.
Sei que, por vezes, posso parecer fria, de tão atormentada com as minhas responsabilidades, mas acho que todas vocês sabem que, lá no interior, sou um «coração mole» e acabo por fazer quase tudo o que me pedem.
Bom, para não continuar com os meus intermináveis discursos, por aqui me fico... até ao próximo post.

P.S.: É para levar este nosso cantinho a sério, alimentando-o com as nossas palavras. De minha parte, está prometido!
Estão abertas as inscrições...
O novo 11.º Lumiar está de regresso! Sejam tod@s bem-vind@s!!!